Conhecida como hipertensão de origem secundária, esse tipo de hipertensão arterial pode ser causado por doenças de origem endócrinas e devem ter diagnósticos e tratamento específicos. Um em cada quatro brasileiros sofrem com hipertensão arterial (HA) , também conhecida como pressão alta. Os números são do Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde e dão conta da importância da prevenção e tratamento da doença, que atualmente atinge mais de 30% da população adulta.
Tratar e controlar a hipertensão arterial é fundamental para a qualidade de vida e para evitar complicações associadas à doença.
A hipertensão passa a ser considerada quando a pressão arterial atinge 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio) e, a partir daí, deve ser monitorada e controlada pois, dependendo do pico, pode desencadear doenças graves, como as síndromes cardiovasculares e os acidentes vasculares cerebral.
Entender a origem da doença é o primeiro passo para prevenir e tratar
A hipertensão arterial (HA) pode ter dois tipos de origem: a primária ou sistêmica que representa a maioria dos diagnósticos, e é aquela não associada a uma causa específica, muitas vezes, relacionada a herança genética.
Já o segundo tipo, conhecido como hipertensão secundária, acomete 15% dos pacientes diagnosticados com HA, e está associada a um fator de origem definido e específico, como doenças endócrinas.
O que é a hipertensão com origem endócrina
Como o próprio nome releva, a hipertensão de origem endócrina é aquela que tem como fator gerador o sistema endócrino.
O sistema endócrino é responsável por funções hormonais que através de um conjunto de glândulas (tiroide, hipotálamo, hipófise, ovários, testículos, tecido adiposo, suprarrenais e pâncreas) disponibilizam esses hormônios na corrente sanguínea.
Quando há um desequilíbrio em alguma dessas glândulas, a pressão arterial pode ser afetada.
Diferentemente da hipertensão primária, a hipertensão de origem endócrina pode ter cura
Um artigo da Unidade Clínica de Hipertensão do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e Universidade de São Paulo, publicado na Revista Brasileira de Hipertensão Vol. 7(4), aponta que “Embora a grande maioria dos pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) apresentem a forma primária, o diagnóstico de hipertensão arterial secundária sempre deve ser avaliado”.
De acordo com os especialistas, em tais casos, “é possível uma abordagem terapêutica direcionada à doença específica, por vezes, de forma curativa”.
A avaliação do médico é fundamental para detectar os casos de hipertensão relacionados às funções endócrinas e incluem uma investigação aprofundada e detalhada dos sintomas, feita a partir da anamnese (entrevista com o paciente, onde o médico visa levar todos os sintomas, períodos e estabelecer um diagnóstico considerando a entre todos os aspectos levantados); de uma avaliação física rigorosa; e com exames laboratoriais específicos.
Com base nessa avaliação é possível ao médico ter um diagnóstico mais específico e, a partir daí, caso seja comprovado a relação endócrina, tratar a origem da doença.
A Hipertensão precisa ser investigada e controlada
Independentemente da origem, a hipertensão arterial é uma doença geralmente silenciosa.
Então, o importante é estar atento aos sinais e, sobretudo, aos hábitos de vida, como abuso no consumo de sal e ingestão de bebidas alcoólicas, sedentarismo e obesidade, variantes que podem afetar diretamente a pressão arterial.
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